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A Hora MMO Capítulo 1 – DotA 2

Eae galera! Fiquei ausente um tempo pois estava sendo torturado, quer dizer, estava zerando Risen, mas agora estou de volta com mais um módulo para o blog. Hoje começaremos a hora MMO, onde vou apresentar alguns MMOs conhecidos ou não pra quem gosta de coisas via rede. Embora não seja muito a minha praia, gosto bastante de passar um tempo com os amigos via rede e esse é um ótimo jeito. Apenas lembrando que qualquer um destes jogos é muito melhor aproveitado com amigos para se jogar junto. Este artigo é para quem pretende buscar um jogo para jogar com os amigos, para especificações mais detalhadas sobre o título, buscar a wiki do jogo.

O primeiro episódio será sobre o famigerado DotA 2, jogo com fama mundial, milhões de jogadores inclusive no Brasil e onde tenho cerca de 1500 horas de jogatina (sim, ele vicia, como podem perceber).

Japoneses e sua fixação por tentáculos. Não, pera…

 

  • O que é DotA 2?

DotA 2 é um jogo do estilo MOBA (Multiplayer Online Battle Arena), gênero este que aparecerá algum dia nos episódios sobre gêneros. Em base o MOBA é uma mistura de RTS com RPG Hack’n Slash, onde jogadores disputam controlando um único personagem (embora possuam aliados não controlados) para ver quem destrói a base do adversário primeiro.

Não vou dizer que DotA 2 é uma sequência, mas sim um remake de DotA, que por sua vez é um mod do jogo Warcraft criado pelo designer conhecido pelo codenome Eul a partir da ideia do mapa de Starcraft “Aeon of Strife”, este sim sendo considerado o primeiro MOBA da história. Com a remoção dos elementos de Warcraft, ficou mais fácil melhorar a jogabilidade, os gráficos e até a correção de bugs, melhorando assim a capacidade do jogo.

Pra ir num concerto não aparece tanta gente.

 

  • História

Como dito, DotA 2 é uma continuação de DotA, iniciado por Eul a partir de Aeon of Strife. A partir daí, várias subvariações do mod surgiram, tentando melhorar o jogo inicial, porém foi a de outro designer, conhecido como Guinsoo, que se sobressaiu, sendo conhecida como DotA All Stars. Após a saída de Guinsoo, o conteúdo foi parar com IceFrog, um designer que gosta bastante de seu anonimato e que ficou cuidando do mod, melhorando-o por cerca de dez anos.

A Valve, observando a popularidade que este mod ganhou, decidiu entrar na jogada e bancou uma versão standalone do jogo, sendo chamado de DotA 2. IceFrog acabou sendo contratado e hoje lidera a equipe de desenvolvimento. Além disto, campeonatos são realizados por todo o mundo e o The International é conhecido por toda a comunidade como uma verdadeira Copa do Mundo de DotA.

Claro que a Blizzard não gostou muito disso (não ligou pro mod até agora e depois quis cantar de galo) e entrou na briga por direitos autorais. Devido a essa briga, algumas coisas acabaram sendo modificadas, como o nome de alguns itens e personagens (Necrolyte no DotA se chama Necrophos no DotA 2, além de Windrunner que agora se chama Windranger). Eu gosto muito da Blizzard, mas isso realmente não pegou bem, entretanto a própria está desenvolvendo seu próprio MOBA depois que constatou a popularidade do gênero.

É legal também ver que os antigos designers são lembrados até hoje a partir do nome dos itens no DotA. Eul’s Scepter of Divinity e Guinsoo’s Scythe of Vyse são dois dos itens compráveis em meio ao jogo, embora o Scythe of Vyse tenha perdido o nome do seu criador na ida para o DotA 2.

Essa arte é muito foda!

 

  • E como funciona o jogo?

Como a maioria dos MOBAs, dois times de geralmente cinco jogadores determinam seu personagem e se confrontam em um mapa com três caminhos e uma área neutra entre eles para assim destruir a base do time adversário. Uma das principais características de DotA se comparado a outros MOBAs é que é possível ver a seleção dos oponentes enquanto a fase de escolha se sucede, ou seja, deve-se prestar atenção nos inimigos para que seja possível bolar uma estratégia contra os mesmos, mas também deve olhar o próprio time para ver onde está a real necessidade.

Personagens não podem ser repetidos (exceto em modos de jogo específicos) o que torna cada jogo único, além de que há um balanceamento nos personagens constante (o que de certa forma sacrifica a elaboração de novos personagens, sendo isso bem difícil de acontecer). O interessante é que todos os personagens são disponíveis ao jogador desde o começo, não sendo necessário a compra deles através do tempo (a Valve lucra a partir da venda de itens para modificar a aparência dos personagens aos jogadores e ingressos para os campeonatos).

Durante a partida, o jogo acaba sendo mais complexo que os demais MOBAs, pois existem várias possibilidades implícitas nas mecânicas. Os personagens que vão compor uma lane (caminho até a base adversária) devem possuir uma boa integração entre si para que possam se sobressair sobre os inimigos durante a fase de farm (fase onde os personagens matam os inimigos controlados por IA para arrecadar dinheiro e experiência). Além disso, é possível matar os próprios aliados para negar experiência ao oponente, sendo assim uma questão de agilidade entre os jogadores.

Apenas é possível ver no mapa os caminhos preenchidos por unidades aliadas ou por wards (espécie de sentinelas invisíveis que duram um certo tempo e devem ser compradas durante a partida), fazendo com que a atenção aos inimigos que saem de suas lanes deva ser constante.

A grande diferença de DotA é que não há nenhum mecanismo PayToWin e tudo depende da integração do time e não da habilidade de um jogador individual, portanto a interação entre os jogadores é algo primordial. Infelizmente muita gente acha que xingando vai conseguir alguma coisa e muitas brigas acabam acontecendo (graças a Deus existe um botão de mute, além da possibilidade de denunciar estes jogadores, mas ainda assim aborrece bastante quem está tentando se divertir).

Roshan é um dos personagens mais icônicos do jogo. Caso morto, ele libera um item que ressuscita quem morrer com ele uma vez.

 

  • Pra quem é recomendado?

Marinheiros de primeira viagem vão apanhar feito CÃES se não tiverem amigos capazes de lhes auxiliar, além do requisito de ter uma paciência MAGNÍFICA com os jogadores brasileiros que costumam achar que são melhores que o resto da população (eu queria tanto que tiros de revólver pudessem ser mandados via rede…). Quem já é experiente em outros MOBAs (League of Legends, Heroes of Newerth, Avalon Heroes, etc…) vai se familiarizar, embora ainda assim vá apanhar um pouco com a mudança de paradigma. Depois de acostumado a jogabilidade, só vai ter que aturar os chatos mesmo, porém jogar com amigos é SEMPRE mais proveitoso, o que diminui o perigo de mal intencionados aparecerem (além de que você sabe o endereço deles, ou seja, o tiro não precisará ser via rede…).

Cada um dos personagens possuem características muito únicas, enredo próprio (embora não muito influente) e uma versatilidade incrível, não deixando-os preso a um único estilo de jogo.

 

Espero que tenham gostado do resumo, fiquem atentos as postagens (embora eu demora um tanto pra postar, mas to sempre tentando bolar coisa nova). Agradeço a quem leu, até a próxima!